sábado, 13 de junho de 2009

Família

"A grande maioria pensa que a família se resume a laços sangüíneos quando isso é o que menos importa. Outros acreditam que, por pertencerem a um grupo familiar, todos os seus componentes devem ter os mesmos valores e seguir os mesmos caminhos. Nada a ver. Obviamente que é possível estabelecer a afinidade entre os membros, mas ninguém é igual a ninguém dentro da mesma família. É preciso, acima de tudo, aceitar as diferenças existentes entre todos. Mas o que é isso? Simples. Aceitar diferenças é ter compreensão, abertura e diálogo. Geralmente, quando não aceitamos alguma coisa, queremos pura e simplesmente impor um modelo. Ou seja, é preciso agir assim, lidar com o dinheiro desse jeito, fazer aquilo outro da outra maneira etc. Como muitos pais que estabelecem um modelo rígido de educação. Resultado: é um tal de filho mentir... Na frente dos pais, eles são uma coisa. E, por trás, mudam completamente. Triste, não? É impressionante como é comum as pessoas não aceitarem as diferenças. A gente se fecha tanto em nossas vidas, nos próprios valores e verdades que não toleramos sequer uma idéia oposta à nossa, sem julgar. Tentem, portanto, seguir essa linha de raciocínio: “A cabeça daquela pessoa é assim, a vida dela é essa, ela está bem assim. Não sou juiz, sou amiga.” Uma conduta dessas dá contato. Se, por outro lado, tu condenas o outro, ele acaba por se afastar. Isso é óbvio! E não só na família, como em qualquer relacionamento. E não adianta vir a mãe com aquelas frases: “Amo-te, quero o teu bem, portanto, faz isso ou aquilo.” Reflitam comigo: será que esse bem é realmente o bem do filho? Vamos lá, pessoal, apostem na flexibilidade. Sem ela, os laços rompem-se. Com ela, os laços ampliam-se. Ou aceitamos as diferenças e aprendemos a conviver com elas... Ou não convivemos com ninguém. Parem de brigar com a realidade. Vocês sofrem, desgastam-se, principalmente quando não podem controlar a realidade. Por conseqüência, a raiva, a preocupação e o nervoso entram em cena. Deixem de querer mudar o outro. Isso é um verdadeiro desrespeito. O importante é ter paz e equilíbrio. Dois filhos podem ser super amigos. Outros podem se dar bem só com amigos de fora. As relações dentro da família vão se estabelecer como podem, não como “devem”. Aliás, não existe família ideal, e sim família real. Aceitar a individualidade de cada um é a base do elo. Não importa em que lar tenhamos nascido, mas sim se podemos ser o que queremos. Essa liberdade é tudo. Sentimento de família é elo social, elo humano. Não está restrito só aos filhos, maridos, avós, primos etc. Ele está na esfera social. E, quando vocês realmente souberem aceitar as diferenças, os valores e as vontades alheias, no mínimo, conquistarão uma atitude mais fraternal de todos aqueles ao vosso redor. Como aquela pessoa que, sem fazer nada, todo mundo vai lá enchê-la de beijos, abraços e carinhos. O segredo desse carisma? Abertura. Pratiquem-na dentro da vossa família! Pratiquem-na em todo lugar."

E eu a mim mesma me pergunto: Porque é que isto tudo é tão bonito e dificil de praticar?

1 comentário:

Guerreira disse...

Olá joaninha!
Porque nada na vida é fácil, é como te darem concelhos de como deves agir em determinadas circunstâncias, por mais que os ouças, a maior parte das vezes acabas por fazer aquilo que tu queres, aquilo que tu sentes, sem duvida um texto muito bonito e interessante, mas na realidade não é bem assim, até se pode aplicar algumas coisas, mas nem tudo.
Beijinho muito grande e obigada pelas tuas palavras.
Fica bem.